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FTP (abreviação para File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Arquivos) é uma das mais antigas formas de interação na Internet. Com ele, você pode enviar e receber arquivos para, ou de, computadores que se caracterizam como servidores remotos. Voltaremos aqui ao conceito de arquivo texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não texto (Binários – código 8 bits). Há uma diferença interessante entre enviar uma mensagem de correio eletrônico e realizar transferência de um arquivo. A mensagem é sempre transferida como uma informação textual, enquanto a transferência de um arquivo pode ser caracterizada como textual (ASCII) ou não-textual (binário).

FTP – Protocolo de Transferência de Arquivos

Servidores remotos são computadores que dedicam parcial ou integralmente a sua memória aos programas que chamamos de servidores. Pelo fato destes computadores não serem o seu computador local – aquele que está em seu trabalho, seu quarto ou em um laboratório de sua universidade, é que os chamamos de remoto, indicando que estão em algum outro ponto remoto da Rede. Quem até hoje em sua vida só viu micros PCs Windows ou Macs, não deve esqueçer que a Rede Mãe é uma grande coleção de computadores de todos os tipos. Cada qual com suas particularidades e, portanto, com características diferentes. Logo, um servidor remoto pode ser qualquer tipo de computador, basta que nele exista um programa que o caracterize como servidor de alguma coisa, por exemplo, FTP.

O que é um servidor de FTP?

É um computador que roda um programa que chamamos de servidor de FTP e, portanto, é capaz de se comunicar com outro computador na Rede que o esteja acessando através de um cliente FTP.

 

Mas afinal de contas: o que é um servidor? E um cliente?

 

Como tudo na Internet gira em torna do que chamamos de arquitetura cliente-servidor, quando você instala um programa que seja alguma aplicação para Internet, você obrigatoriamente estará instalando uma aplicação cliente ou uma aplicação servidor. Chamamos de cliente porque a aplicação se comunica através de solicitações de serviço. Por outro lado, podemos entender uma aplicação servidora como quem atenderá a estas solicitações e prestará o serviço adequado. Por exemplo: quando você instala o browser Netscape Navigator em seu computador, você está instalando o lado cliente da arquitetura. Completando esta arquitetura, existe, em algum outro ponto da Rede, um computador que tem instalada e executando a parte servidora. Deste modo, ao se conectar a Internet, você pode esperar que a parte servidora esteja sempre disponível e se encontre em um endereço bem conhecido. Caso contrário, a parte cliente não saberá encontrar o servidor. Mais claramente: como alguém acessaria por exemplo, o site do Guia internet.br se não soubesse que seu endereço é http://www.internetbr.com.br Portanto, não basta ter o paginador instalado em sua máquina, nem o servidor ativo em algum outro ponto da Rede, é indispensável que ele esteja em um ponto bem definido, de modo que seja possível ao cliente estabelecer a comunicação com o servidor.

Curiosidade

De um modo geral, o servidor tem sempre a possibilidade de realizar um log, arquivo texto com informações como: que computador está acessando, a duração deste acesso, os erros ocorridos durante o acesso, o que está sendo acessado e muitas outras informações. Para entender melhor este tal de log, você pode imaginá-lo como uma grande caixa preta, como nos aviões, que armazena todo o plano de vôo. Mirrors, por que eles existem? A cada dia a Internet ganha uma dimensão tão grande, que muitas vezes é interessante replicar as informações em diversos computadores ao redor do mundo de modo que a performance do acesso a estas informações seja melhorada pela proximidade de um mirror (espelho), que é um computador que espelha o conteúdo de um outro. Um bom exemplo é o site http://www.tucows.com, parada obrigatória para quem está atrás de qualquer tipo software. A quantidade de acessos à esse site é tão grande que eles espalharam “espelhos” por todo mundo. Mas o que se ganha com isto? Velocidade ao realizar uma transferência de arquivos, pois você tem a oportunidade de sempre optar por um site mais próximo de você.

Intranet, um mirror em potencial

Uma palavra muito comum hoje em dia é Intranet. Você inclusive já teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre isso em nossa edição número 2. Resumidamente, podemos entendê-la como a migração da tecnologia Internet para dentro de uma empresa. Neste caso, podemos imaginar que os funcionários desta empresa serão, certamente, usuários freqüentes de FTP. Nesta nova filosofia de trabalho, o conceito de mirror pode ser muito bem aplicado. Imagine que cada computador da empresa precise dos clientes instalados, por exemplo, browsers, e-mail, etc. Seria interessante que ao invés de cada funcionário acessar a Internet para buscá-los, fosse criado um local no servidor da rede local, no qual todos os softwares mais utilizados fossem espelhados. Com certeza a economia de tempo seria significativa.

 

FTP anônimo versus FTP com autenticação Existem dois tipos de conexão FTP.

A primeira, e mais utilizada, é a conexão anônima, na qual não é preciso possuir um user name ou password (senha) no servidor de FTP, bastando apenas identificar-se como anonymous (anônimo). Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore de diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do sistema. Isto é muito importante, porque garante um nível de segurança adequado, evitando que estranhos tenham acesso a todas as informações da empresa. Quando se estabelece uma conexão de “FTP anônimo”, o que acontece em geral é que a conexão é posicionada no diretório raiz da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns estão: pub, etc, outgoing e incoming. O segundo tipo de conexão envolve uma autenticação, e portanto, é indispensável que o usuário possua um user name e uma password que sejam reconhecidas pelo sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste caso, ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no diretório criado para a conta do usuário – diretório home, e dali ele poderá percorrer toda a árvore do sistema, mas só escrever e ler arquivos nos quais ele possua permissão.


As raízes do FTP

Assim como muitas aplicações largamente utilizadas hoje em dia, o FTP também teve a sua origem no sistema operacional UNIX, que foi o grande percursor e responsável pelo sucesso e desenvolvimento da Internet. Portanto, lá no início de tudo, a maioria dos comandos atualmente consagrados, disponíveis para realizar transferência de arquivos, eram comandos que tinham que ser utilizados em terminais com interface texto. Mas, felizmente, com a evolução dos terminais gráficos, já há um bom tempo não precisamos nos preocupar em decorar todos os comandos, que antes eram indispensáveis, para fazer um FTP. As interfaces gráficas criam uma camada de abstração que colocam a transferência de arquivos na ponta do dedo. Bastam alguns poucos cliques de mouse para verificar que o FTP de hoje é muito mais agradável que o de antigamente. E o melhor é que tudo acontece sem você perceber que nos bastidores o que realmente acontece se equivale a muitos destes cliques. Mas não pense você que aqueles comandos foram esquecidos. Para muitos usuários, principalmente aqueles de universidades espalhadas ao redor do mundo, o principal sistema operacional utilizado continua sendo o UNIX, e, neste caso, os comandos para FTP devem ser explicitamente digitados em linhas de comando. Se você quiser ter uma idéia do que está sendo falado, o Windows 95 trás um “belo” programa de FTP (diretório windows), que ao ser executado abre uma tela totalmente preta com um prompt “ftp>” esperando por um comando, coisas do tipo: open, pwd, ls -l, get, put, binary, ascii, hash e assim vai.

 

Algumas dicas

1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o número de conexões simultâneas para evitar uma sobrecarga na máquina. Uma outra limitação possível é a faixa de horário de acesso, que muitas vezes é considerada nobre em horário comercial, e portanto, o FTP anônimo é temporariamente desativado.

 

2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites espelhos” que tenham o mesmo conteúdo do site sendo acessado.

 

3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo verifique se você está usando o modo correto, isto é, no caso de arquivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arquivos binários (.exe, .com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário. Esta prevenção pode evitar perda de tempo.

 

4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servidor de FTP em seu computador. Isto pode permitir que um amigo seu consiga acessar o seu computador como um servidor remoto de FTP, bastando que ele tenha acesso ao número IP, que lhe é atribuído dinamicamente. Existem na Internet vários programas que permitem que você execute um servidor FTP em sua máquina, podem ser utéis e divertidos – aguarde nas próximas edições!

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